E mexe e remexe...

Mas como esse menino está mexendo! Parece que o espaço está ficando cada vez menor pra ele, e aí é um negócio de virar pra um lado, virar para o outro... Não para! É uma delícia. Sábado ele deu um verdadeiro chutão. Eu e o Lindo tomamos um susto! Agora realmente sinto a gravidez mais real: barriga crescendo, bebê mexendo,corpo mudando... Afinal, já são cinco meses e meio. Falta menos de metade do tempo que ele já passou aqui, pra logo, logo estar em nossos braços, sendo muito babado. E eu ainda não comprei nada! Vou mudar de assunto, que fico até com vergonha de dizer. Mas é que sinto tanto sono... Hoje dormi tanto à tarde, que até sonhei... Mas ultimamente tem sido melhor sonhar acordada, com o meu bebezinho lindo...

Felicidade adiada

Estava tão confiante de que meu dia hoje seria maravilhoso! Não fui trabalhar, passei a manhã em casa, tudo por conta da morfológica, que estava marcada para 15 pras 12. Chegamos ao médico no horário, mas é claro que só fomos atendidos lá pras 12h30min. Hora de almoço, última paciente a ser atendida. Resultado: o médico fez um exame meia boca, nas carreiras mesmo.

Logo de cara, assim que encostou o aparelho, foi logo perguntando se a gente sabia o sexo. Sim! Ele só fez confirmar. E muito rápido, em menos de um minuto. Ele disse que a gente vai correr muito atrás do nenen, porque ele não para! Que bom! Sinal de saúde, né?

Pois bem. Ele ficou lá medindo isso, medindo aquilo, dizendo que está tudo normal (graças a Deus), descartando várias síndromes, hidrocefalia, problemas no coração. Quando foi na hora de ver o estômago, disse que não estava conseguindo, porque ele devia estar vazio. Mas, segundo o médico, isso é normal. Mesmo porque a quantidade de líquido amniótico estava ok e, se houvesse algum problema, haveria muito líquido espalhado pela placenta. De qualquer maneira, ele pediu pra eu voltar quarta-feira, pegar o laudo e dar mais uma olhadinha pra ver o estômago. Mas enfatizou pra gente não se preocupar, que estava tudo bem.

E só. Ele disse ainda o peso, calculou de cabeça o tamanho e ficou por isso mesmo. Notei que o Lindo saiu de lá superpreocupado. Já eu, não. Estava supertranquila. Mas depois, pensando, pensando, ligando uma coisa à outra, chegamos a algumas conclusões.

O médico estava com algum compromisso e tinha que sair rápido, por isso a tão esperada morfológica e famosa pela demora durou uns 15 a 20 minutos, enquanto o usual é de meia a uma hora. Além disso, teve o telefone tocando, o fato de a outra paciente mal ter saído e eu já ter entrado, o horário. Resumindo: ele não terminou o exame e só vai concluir quarta-feira.

Tudo bem que tem essa história do estômago, mas meu coração diz que está tudo bem, que não é nada demais.

Então, a felicidade que achávamos que sentiríamos hoje foi adiada pra semana que vem. Ai, vamos contar as horas. Até liguei pra uns laboratórios pra fazer o exame particular hoje ou amanhã, mas só tem pra semana que vem. Aí é o jeito esperar e fazer pelo plano mesmo, com o mesmo médico. Paciência.

Está nas mãos de Deus.

Sei que vai dar tudo certo, em nome de Jesus.

Amém...

Né, bebê?

Das outras vezes em que fui ao médico ou fazer exame, os dias anteriores eram de uma ansiedade só, que eu guardava mais pra mim, mas que estava lá. Dessa vez não. Ontem fui ao hematologista, depois de amanhã tenho a tão esperada morfológica.

Graças a Deus, com o tempo passando e a barriga crescendo, estou aprendendo a me sentir mais segura. Mesmo porque tem alguém que não me deixa esquecer que está tudo em ordem: meu bebê. Sim, porque ele deu pra mexer que é uma beleza. De uns quatro, cinco dias pra cá não há uma hora em que não sinta sua presença em mim, dentro de mim. Na verdade, se estou em atividade isso diminui. Mas quando paro, sossego, depois que sento ou deito, sempre sinto seus pinotinhos que me deixam nas nuvens. Mamãe e papai.

Agora estou aprendendo a identificar quando ele vai mexer. E, meu bem, estou virando especialista. Noto que a barriga aperta um pouco, como se dissesse: "lá vem". E vem mesmo. E é sempre um empurrãozinho seguido de outro, com intervalo pequeno, de uns dez segundos, acho. Não contei ainda, mas é isso mesmo.

Acho que agora, sim, estou começando a me sentir grávida de verdade, não apenas gorda, grande e diferente. Tanto que semana que vem, se Deus quiser, vamos colocar várias pendências em prática, a começar pela pintura do quarto e da varanda. Urgente. O médico disse que são 99,99% de chances de ser menino, mas certeza, certeza teremos na morfológica.

Também quero gravar o exame. Esse vai ser o primeiro registrado assim, mas como é mais demorado, especial, não vou deixar passar.

Mamãe aqui está bem preguiçosa ainda. E feliz porque o bebê tem recebido o carinho de várias pessoas. Nessa semana ganhou body, brinquedinho e fralda (o primeiro pacote) da titia Rosa e uma mãozinha de borracha da vovó Zélia. Vovó GRaci, apesar do ritmo de mudança de casa, também não esquece a gente. HOje trouxe a Irenilda pra engomar uma montanha de roupas e ainda me deu uma colcha linda de presente.

De mãe pra mãe, assim como a oração que fizemos para Deus abençoar nossas vidas, das nossas famílias e do mais novo bruguelinho que está chegando. Senhor, obrigada por tanta bênção na minha vida e cuida do meu amor, do meu príncipe que está lá dentro, estudando. É por nós três agora.

Andanças

Loja de bebê, aniversário de criança, ver as primeiras mudanças no quartinho do bebê. De sexta-feira pra cá, parece que finalmente entramos no ritmo de futuros papais. Anteontem chegou o berço e a cadeira, que minha a mamãe tinha mandado laquear. Não ficou uma Brastemp, mas pra mim está bom demais. Primeiro por ter vindo da casa da minha irmã e da minha mãe, depois porque a gente não gastou nadinha.

Só o Lindo que cismou de na sexta mesmo, à noite, montar o berço. Pense num raciocínio lógico daqueles que a gente vê nos livros! A Márcia mandou um monte deparafuso, que a gente pensava ser todos do berço. Que nada... Estava tudo misturado e sobrou um monte. O fato é que o Edson montou tudinho, não sei como!

A cadeira ficou linda, mas ele acha insegura. Eu não. Pra mim está ótima, falta só fazer as almofadas e embalar meu lindinho no colo, sentada, pegando um ventinho...

Na sexta também fui visitar a Isadora, nenen da Clécia. Ela é linda, tão fofinha... E grande! A cara do pai... Fomos eu e a Bethânia. Foi ótimo, porque fazia um tempinho que a gente não se encontrava. A última vez foi quando as meninas vieram aqui em casa. Mas já estamos articulando outro encontro. Até porque Mônica e Luzângela estão em ritmo total de tratamento; e eu, Érika e Hilma, de bebezinhos a caminho. Acho que daqui pro mês que vem sai nosso encontrão.


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Sábado de manhã acordamos cedinho, tomamos café e pela primeira vez fomos a lojas de bebê. Mas com um objetivo bem claro: pesquisar o preço das cômodas. Já deu pra ter uma ideia do que quero e do que está descartado. Certo é que não compraremos nada absurdamente caro só porque "tem que ser de marca tal e de tal loja".

Nessa breve andança,cheguei à conclusão de que essa fase é bem parecida com a véspera do casamento. Todo mundo diz que tem que ter isso, aquilo, aquilo outro. Tem nada! Tem que ter o que eu quero e posso pagar! Se a pessoa for na onda fica doida... Ou sai comprando tudo ou porque não pode comprar e entra em depressão... Fico com nenhuma das alternativas.

Vamos comprar o básico, de boa qualidade e ponto final. Está mais do que decidido. Enxoval cheio de frufru nem pensar. Acho é cafona um monte de coisa pendurada no berço da criança. Parece que o bebê é só mais um enfeite da decoração. Não é por ai...


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Nem ia mais pro aniversário do Eduardo, da Isabela. Mas acabei indo com a Rachel, Rebeca e João Guilherme. O Dudu está lindo. Mas o melhor foi ver o Matheus, que estava lá com a Lídia e os avós. Parecia um rapazinho, todo de blusa de manga comprida, social e calça jeans escura. Um gato! E meu bebê acabou foi ganhando presente: uma toalha e esponja que faziam parte da lembrancinha. Segundo D. Bela, fui a única grávida a ganhar uma. Sò quem pode...


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O Lindo está fazendo prova. Foi o dia todo, de manhã e de tarde. Deus está com a gente, tenho certeza. Amém.

News

Boas, ótimas notícias...

Fomos ao médico hoje. Pra variar, antes fico ansiosa, não durmo direito e como igual a uma forrageira. Mas ontem até que me controlei. Só sábado é que fomos ao Pasto e Pizzas, mas tudo bem. Nem comi tanto assim... Só três fatias (pequenas) de pizza e um pouquinho de cada massa de que gosto. Um pouquinho só.

Resultado: médico mais uma vez brigou, principalmente porque do mês passado pra cá aumentei dois quilos! Eu sabia que seria algo assim, tanto que não tive nem coragem de me pesar antes. Estava só fugindo da balança. Dessa vez não tem jeito, vou ter que ir a uma nutricionista. Ai, Senhor, dai-me forças...

Mas a boa, boa notícia mesmo é que está tudo bem com o bebê: coluna fechadinha, tamanho da cabeça normal, líquido amniótico também, placenta direitinha... Graças a Deus! Mil vezes obrigada, Senhor!

Também estou feliz por outro motivo. As meninas (Paola, Lud e Janinha) ganharam o prêmio TRT de Jornalismo. Fiquei muito feliz mesmo. É uma injeção de ânimo pra elas e pra gente também... Muito bom!

A parte chata do dia foi ouvir um monte de carão na reunião que tivemos à tarde. Tudo bem que nem tudo era pra mim, mas é bem melhor ouvir elogio, né? Mas como a gente vai ouvir elogio se não consertar o que precisa ser melhorado?

Ao final das contas, o saldo do dia é mais do que positivo: é de fé e agradecimento antecipado para, daqui a 15 dias, também esteja comemorando o resultado da morfológica.

Ah! É um menino mesmo. Tem erro não. O médico viu, como ele mesmo disse, "a ponta da arma". Esse é meu rapaz!

Bucho

Finalmente minha barriga está dando o ar da graça. Nunca pensei que ficaria tão feliz de a cada dia achar que meu buchinho está maior. E é bem redondinho! Dizem que parece barriga de menina, mas é um meninão, sim! É o meu Isaac que está ficando um rapaz, crescendo, que é uma beleza.

Minha amiga Nath disse que agora não dá mais pra confundir se estou gorda ou grávida. Que bom, né? Já era tempo... Tanto que hoje pela primeira vez usei minha calça jeans de grávida. Ficou toda hora escorregando, mas tudo bem. Sinal de que vai dar pra usar durante um bom tempo.

Mas hoje foi um dia bem cansativo. Aliás, ontem e hoje. Muito trabalho na manhã e tarde dessa quarta. Aproveitei também para, ontem, tomar o reforço da vacina contra o tétano. O médico tinha dito pra tomar no final do mês, então tomei no último dia mesmo.

Hoje também estou só os queixos. Cheguei em casa umas 16 horas com os pés latejando - mais precisamente os calcanhares. É que depois do trabalho eu e o Lindo fomos ver o futuro-quem-sabe-provável apartamento do Adriano e da Rosa e depois ainda fomos almoçar e ao supermercado. Nas compras foi que nos cansamos. Pense em uma ruma de gente, em carrinhos se atropelando, gente disputando fila e eu lá,linda e maravilhosa usufruindo do caixa preferencial. Sim, foi a primeira vez que inaugurei meu direito de grávida. Aliás, esse direito, porque quero usufruir de muitos outros. Por mim e pelo meu filhotinho. Não é frescura, a gente cansa com mais facilidade mesmo. E não é falta de movimento. Tenho andado muito esses dias.

Mas mudando de assunto... Minha preocupação hoje é amanhã. É o aniversário da Suelem, e não me sinto bem em nenhum vestido. Já trouxe um da Eri, mas ficou curto. Vesti outro da mamãe, não gostei. Amanhã vou apostar em um da Márcia. E a Eri ficou de levar mais dois pra eu provar. Vamos ver em qual Isaac ficará melhor acomodado...

Noticiário no café

Sábado fiz prova e depois fui encontrar uns amigos em uma padaria chiquérrima daqui. Pra mim, pode ser a mais bonita, mas está longe de ter as melhores guloseimas. A tapioca que era pra ser de coco (na massa) era com coco no recheio (um enjoo só). Nunca vi isso. O chocolate quente não estava lá essas coisas, e o pão de queijo, misericórdia. Parecia pedra. E olha que sou fã de tapioca e pão de queijo como poucos. Tanto que vou a um lugar desses e nem faço questão de provar mil e uma novidades - só às vezes, claro.

Mas o melhor do encontro, além das pessoas mais que especiais, foi o carinho que meu filhote recebeu. Eri deu um body cinza pra recém-nascido mesmo; Kélia deu uma blusa pra mim; Naia, um casaquinho de moletom cheio de estilo (tinha como ser diferente); e Filipe, uma blusinha com cara de rapazinho pronto pra aprontar. Foi dessa que o papai mais gostou. É de xadrez, de botão e dá para usar com camisetinha básica por dentro. Imagina como meu bebê vai ficar parecendo um homenzinho, lindo, lindo... Nâo vejo a hora de vê-lo dentro dessas roupinhas. Vou dar tanto cheiro! Papai diz a mesma coisa, que não vê a hora de ter logo nosso bebezinho nos braços.

Tia Naia disse que é para o Isaac usar o casaquinho em Guaramiranga, quando a gente for acampar. Disse que ele vai abrir a boca e sair fumacinha, por causa do frio. Menos, né, fofa? Mas que ele vai logo, logo dormir em uma barraquinha, vai, sim.

Muito bom encontrar esses três. É sempre garantia de boas risadas e altas novidades, as mais quentes do noticiário local.

Lá pelo final do encontro, depois de muitas fofocas (claro, lógico,óbvio, evidente) e abraços coletivos, o Fábio chegou. Só sei que os farristas ficaram de sair depois. Mas eu vim pra minha casinha ficar com meu amor. Nada é melhor do que isso.

Tradição

Um sapatinho azul e branco, de crochê, com laço e todo engraçadinho. Esse foi o presente que o Isaac ganhou hoje da Manu. Não sei se vou ter coragem de colocar nele, porque mais parece um mimo do que um acessório pra usar mesmo. Tanto que já coloquei em frente à minha cama, como enfeite, pra olhar todo dia assim que acordo e quando vou dormir. Daqui a pouco minha alegria vai ser ver o dia nascer e a lua aparecer com o meu fofinho nos braços. O papai também achou a coisa mais fofa... Por falar nele, hoje fizemos a festa com uma torta de morango que ele trouxe à tarde. Claro que a primeira coisa que ele fez foi sujar meu nariz com chantilly. Nem sou tão fã de morango, mas estava uma delícia. Geladinha então...

Reciclando sob a árvore do bem

Todo mundo se admira quando digo que nada comprei para o bebê. E não comprei mesmo. Nadinha. Há muito deixei de ser consumista. Na verdade, nem sei se um dia realmente o fui. Mas o certo é que hoje, por opção e por força das circunstâncias, sou bem contida - pelo menos em se tratando de roupas, supérfluos, gastos desnecessários.

Acho até bom ser assim. Tenho um ótimo professor em casa. Ele diz que, se for para gastar, que seja com algo bom. E quero que nosso filho cresça com essa filosofia. Não concordo com as pessoas que dizem que fazem e dão para os filhos tudo que não tiveram na infância. Aí está o erro. Essa é a receita pra estragar uma criança e torná-la um adultozinho mimado. Pra mim, certo é dar na medida do possível. A medida do ser não é a medida do ter. Isso está na Bíblia.

Pois bem. Com base nisso, hoje dei o aval para a parte concreta desses pensamentos. Já sabia que ia aproveitar o berço da Ana Lívia e uma cadeira que o papai comprou na época em que a Márcia engravidou, e ela acabou não usando. A mamãe vai mandar laquear as duas peças, que vão ficar novinhas e lindas. Mando fazer umas almofadas bem bonitas pra cadeira e pronto. Além disso, já tenho também as bolsas (duas), o berço portátil, o carrinho e uma cadeirinha que ainda não descobri se é bebê-conforto ou para colocar no carro. Tudo foi da Ana Lívia.

Quer motivo melhor para eu usar tudo com o maior gosto? Minha sobrinha linda foi quem primeiro se aconchegou nesse carrinho que eu dei; dormiu como um anjinho e deu as primeiras mordidinhas no berço; passeou pra lá e pra cá na cadeirinha-bebê-conforto. Nas bolsas ficavam suas fraldas, a roupinha lavada com todo o amor e cheirosa como só as coisas de bebê são. Imagina se não vou querer compartilhar essa história entre eles, os dois priminhos mais que queridos e abençoados.

Além do mais, isso também é herança que passa de um filho a outro, de geração a geração. Todos esses objetos têm histórias e agora vão ajudar a contar uma outra jornada, com outros personagens, mas com o mesmo amor. De pai, de mãe, de irmãos, de avós, de pessoas que estão penduradinhas na mesma árvore da vida. Essa do bem.

Mais coisinhas

Não recebi ainda, mas sei que meu Isaac ganhou mais presentinhos. Titio Filipe, titia Eri e titia Naia aprontaram... Depois de ouvir uns carões meus por terem ido almoçar no sábado às escondidas, a Eri confessou que os três foram ao shopping e compraram uma roupa pra mim e lembrancinhas pro bebê. Ainda nem sei o que é, como é, mas já estou feliz. Primeiro por mais uma vez sentir que meu filhotinho já é querido; depois, por ser algo vindo deles, que são tão especiais pra mim; terceiro, porque estou mesmo precisando de roupa. Só uma calça jeans cabe em mim. Vesti hoje. Mas, meu Deus, misericórdia. O flash passou o dia abrindo com a força do bucho. E nem estava apertada. Ao contrário, estava bem confortável, mas já com o zíper frouxo pedindo outro. Essa não uso mais.

Mas voltando aos presentes. Isso eu sei bem direitinho como aconteceu: Seu Fifi e Dona Naia, com os bolsos coçando pra gastar, convenceram Dona Erileuda a entrar nos embalos gastadores de sábado à tarde. Não adiantou Eri reclamar, reclamar, dizer que queria ir pra casa, que isso, que aquilo. Os dois foram mais fortes. Se bem que tem um outro lado: agora que Erilene é uma mulher rica, pode ter sido ela a articuladora de tudo. Deixa estar. Vou descobrir. De qualquer maneira, já fico feliz do mesmo jeito... Só falta abraçar a Naia. E já disse que só recebo se for com os três juntos. Caso contrário, digo NÃO!

Tremidinha

Daqui a pouco começo a sentir meu bebê mexer. Segundo minha amiga e-family Érika, no começo é como um celular vibrando dentro da barriga. Como sou meio desligada, acho que vou demorar um pouco mais pra sentir. Mesmo porque, se for assim mesmo, até o Edson já sentiu e eu, não. Explico: sem eu falar dessa história do celular, ele disse que tinha sentido minha barriga vibrando, bem de leve. Na hora ele até olhou a própria mão pra ver se ela não estava tremendo. Que mão, que nada! Acho que era o Zaquim mesmo! Será? Se foi, isso vai ficar pra história: o pai sente o filho mexer na barriga antes mesmo de a mãe sentir! Só com a gente mesmo...

Presentes

Domingo é dia de fazer nada, certo? Nem sempre. Hoje, por exemplo, o dia foi de presentes. Não para mim. Mas para o Isaac, o que me deixa ainda mais feliz. Isso mostra o quanto meu filhotinho já é querido e esperado com amor. Ele ganhou um porta-retrato amarelinho, que dá até para ele brincar, porque é de borracha e faz barulhinho. O outro foi uma caixinha azul, para colocar em cima da cômoda. Tudo da tia Aída, que está toda babona com mais um sobrinho para paparicar. Queria ter metade do jeito que ela tem com crinças. Mas chego lá...

Depois de ir à casa da minha mãe - e ficar esperando bem meia hora do lado de fora porque ela não estava lá -, fomos à casa da Belta e depois da Diana. Eu, mamãe, Aída. Foi lá que ganhamos muitos presentinhos. Roupinhas e mantas do Matheus, tudo bem guardadinho em sacos plásticos e com um capricho que é a cara da Diana.

Ela chorou tanto olhando as roupas... Acho que além das lembranças da primeira consulta, de quando o Matheus era bem pequeninho, ela se lembrou de que por várias vezes deve ter olhado tudo com a mãe dela. E, ao final das contas, a tia Denise não viu o Matheus vestir nenhuma daquelas roupinhas.

Sei que ela sentiu isso. Não falei porque não queria que ela ficasse ainda mais triste. Além do mais, é preciso agradecer a Deus porque o Matheus está aqui, feliz e crescendo (muito) ao lado da Diana. Ele é quem vai ser ser companheiro de todas as horas. E o Isaac, o meu - além do Lindo, claro.

Animação

Anteontem completei 14 semaninhas. Parece pouco, mas já se vão três meses e meio de gravidez. Parece clichê, mas tenho que falar: cada dia é uma vitória. Depois explico por que, para mim, isso tem um significado tão forte. Para mim e para um monte de tentantes que passam pelo que passei.

Mas o importante, agora, é que meu bebezinho está aqui, crescendo a cada dia um pouquinho mais. Ficando forte, saudável e bem fofinho para, em fevereiro, conhecer como é tudo aqui do lado de fora do bucho.

Por enquanto ele fica aqui, no meu ventre, que é o lugar ideal para ele se desenvolver. É quentinho, tem comidinha e líquido toda hora e é o local mais protegido que existe. Depois desse, só o colinho do papai e da mamãe.

Até lá ele fica mexendo as perninhas e os bracinhos, tentando descobrir que lugar tão apertadinho é esse, tão escuro e ao mesmo tempo tão aconchegante. Para brincar, só tem mesmo o cordão umbilical e o próprio corpo. Mas pelo que já vi no ultrassom de 12 semanas e quatro dias, o que meu bebê é é esperto: já coloca o dedãozinho na boca, sacoleja pernas e braços com uma animação só, pisca os olhinhos, tem soluço, escuta e tem um coração que pulsa como um samba. Pena que, por enquanto, só vejo tudo isso nos exames. Daqui a pouco vou sentir cada movimento, cada descoberta ainda mais viva dentro de mim. Deixa a barriga crescer mais um pouquinho, que a farra vai ser é grande...

Não é, bebê?

"Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável"

(Salmos 51:10)