sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Eventos

Foi só o Isaac voltar pra escola que as benditas gripes apareceram. Também, a gente chega lá é menino tossindo, professora. É vírus demais, Brasil. Na semana que antecedeu o Carnaval ele ficou em casa. Estava bem, mas se recuperando, então acho melhor não arriscar. Se estiver tossindo, espirrando, qualquer coisa assim, nariz escorrendo, fica em casa. Isso é lei. Penso nele, lógico, e na raiva que tenho quando vejo crianças assim na escola, contaminando as outras a torto e a direito.

Pois hoje, depois de vários dias em casa, o Isaac voltou pra escola, bem do jeitinho dele: equilibrando um carrinho debaixo do braço, agarrado com o paninho e arrastando a mochila. E agora ainda pede a bênção...

A gente achava que ele ia dar trabalho, chorar. Que nada! Tomou o leite quase todo, pegou suas coisinhas. Só quis dar trabalho na hora de vestir a roupa, porque queria porque queria que o pai fizesse o trabalho. Mas acabou se conformando comigo.

E foi lindo, choramingando, mas foi. Assim que deixou o pequeno, o Edson ligou dizendo que ele não tinha chorado, só ficado meio desconfiado. E desceu com carrinho, paninho, mochila, tudo. Dia desses a escola mandou recado que não era pra criança ir com brinquedo, a não ser na sexta-feira, que é o senhor Dia do Brinquedo. Pois bem. Quero ver é o sono (ressaca pós-carnaval) quando chegar em casa.

A propósito, hoje é dia de vacina do João. A segunda dose da meningite. Até agora ele tomou todas na clínica, mas essa vamos dar no posto. Economia e também pra ganhar aquele livrinho joia do Ministério da Saúde. E que também o evento seja sem muito choro. Choramingar pode.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Ciúmes de você

Ontem o Isaac teve sua primeira manifestação de ciúmes pelo irmão. Veja bem: não do irmão, mas pelo irmão.

Chegou uma candidata a secretária aqui em casa, também ontem, que foi logo querendo se entrosar com os meninos. Fez gracinha com o Isaac, que não gostou muito, pegou o João no colo.

Opa!

SIm, pegou o João no colo enquanto eu dava o banho que ela não conseguiu dar no Isaac. Pois de dentro do box ele balançava a cabeça, dizia não, não, não e fazia gestos pra ela soltar o nenem. Sinceramente, me surpreendi. Não sei se deveria ficar surpresa, mas o fato é que fiquei.

Aí me lembrei do que uma amiga que é mãe de dois meninos já me disse mais de uma vez. "Eles vão ser amigos, o Isaac vai proteger o João". Pois num é que é mesmo, Paola? Vi isso pela primeira vez e achei a coisa mais linda.

Nâo pela posse, porque eu mesma insisto que não sou ciumenta, mas pelo senso de proteção, de cuidado. E isso o pai deles sempre me disse, desde que nos conhecemos: amar é cuidar. Pois então o Isaac já quer cuidar do João. E eu deixo.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

É Carnaval...

Há dois anos, numa sexta de Carnaval, eu via pela primeira vez meu príncipe Isaac. Tanta luta, tanta espera pra tudo mudar em um segundo. Foi na hora daquele choro forte que minha vida mudou. Não foi antes, não foi com a barriga, não foi com a batalha. Aliás, nãofoi só com isso.

O que fez mudar mesmo foi o momento em que ele enconstou o rostinho no meu e imediatamente o choro parou. Ainda todo sujinho, sem saber onde estava, de alguma forma ele me reconheceu como mãe. Foiali que lhe dei a primeira bênção. Foi ali que comecei a me transformar em mãe.

E hoje, esse tempo depois, me vejo com outro bebezinho em casa. Mais um Carnaval em meio a sono interrompido na melhor hora, a choros indecifráveis, a dúvidas, mas também com aquela segurança que nasceu naquele 12 de fevereiro.

Certamente foi o Carnaval mais animado que tivemos: sem dormir direito, sem comer, acordados direto... E a ressaca? Pense...

Mas uma coisa é certa: não trocaria essa minha festa por todas a que já fui. Não deixaria de me apegar ao chorinho insistente ao invés de aos melhores frevos do Alceu Valença. Não trocaria as infinitas mamadeiras e mamadas por qualquer copo de energia passageira. O que eu quero é essa folia infinita, essa alegria que contagia a alma, que enche o coração e o faz transbordar.

Isso eu já tenho. Graças a Deus.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

2 anos

Mesmo com um bebê de três meses, sem babá, sem empregada e, pra completar, com uma febre maluca no sábado, o aniversário do Isaac não poderia passar em branco. Até pensei em desistir, mas como no domingo ele amanheceu bem melhor e só quem vinha era família, a festinha foi mantida. E foi linda!

O Thomas estava em tudo: nos copos, no bolo, nos doces. Que ninguém me pergunte como consegui fazer tudo só saindo de casa um diazinho apenas (uma semana antes do dia) pra comprar as coisas. Fiz tudo por telefone, e-mail. Mas fiz. Na minha situação, o mais fácil seria deixar pra lá. Mas não. Tenho muitos motivos pra comemorar esses últimos dois anos, a vida do meu filho, a mudança que ele trouxe pra gente.

Nunca minha casa foi tão bagunçada. Nunca aqui se viu tanto movimento, tanto entra e sai, tanta gente falando alto. Nunca dei tanto grito (para, não faz isso, solta, desce daí). Mas também uma coisa é certa: nunca houve tanta felicidade por metro quadrado nesse lugar. Cada centimetrozinho é preenchido com uma risada, um abraço inesperado, um beijo estalado, uma palavra que ninguém entende, um gesto que a gente entende tão bem.

E mesmo com o cansaço, com a paciência no limite muitas vezes e com as unhas e o cabelo sempre por fazer, esses têm sido os melhores anos das nossas vidas. Em menos de três anos tive duas gestações, dois garotinhos lindos e descobri um pai que poderia muito bem ter o sobrenome Faz Tudo. Se não fosse ele, não sei o que seria de mim, da gente, dessa vida louca que a gente está construindo.

E é por isso que todos os dias agradeço a Deus pelo que me cerca e peço proteção pra mim, pra eles. E que seja assim em todos os nossos dias. Que sejam os mais vibrantes, oa mais cheios de vida, intensos, os mais alegres que ainda não vivemos.



sábado, 11 de fevereiro de 2012

Meus bebês

Parecem?



A explicar

O choro de ontem nada teve a ver com doença, com cansaço, com briga. Foi só uma resposta a algo que tem mostrado-se pra mim, por coincidência, nas últimas semanas. São conversas com algumas amigas. E essas conversas têm a ver com amor, com expectativas, com pós-parto. Não vou escrever mais. Isso já é suficiente para, daqui a um tempo, eu reler e me lembrar do que estou falando. Explicado.

Entre dias

Ontem o João fez três meses. Amanhã o Isaac faz dois anos. Tudo de que a gente não precisava entre um dia e outro era uma ida ao hospital. Pois sim. O Edson acabou de levar o Isaac pra emergência. Aquelas gripes com febres altas. O médico não atende ao telefone. Milhões de coisas pra fazer aqui em casa. Ê vidão...

Mas pelo menos não é nada demais. Ou, pelo menos, espero. Isso é só pra mostrar que, nesses últimos dois anos, o amor que conhecemos com os meninos é proporcional ao tamanho da montanha-russa em que vivemos. Engana-se quem pensa que, com filhos, a rotina vem com tudo. Que nada! Cada dia é uma surpresa. Às vezes boa, outras nem tanto. O importante é que, no final das contas (ou no meio, porque o final está bem longe), a gente está junto.

No começo ainda tentava me lembrar da vida que eu tinha, que eu controlava, que eu planejava e determinava. Achava, né? Pois se naquela época a gente já não mandava, agora é que não manda mesmo.

Do que passa na tv à roupa que vestimos, passando pela comida, tudo é pensado com base nos meninos. A blusa tem que ser a mais fácil pra amamentar, o programa na televisão tem mais música e colorido do que qualquer circo e a geladeira tem mais fruta e verdura do que em casa de vegetariano.

É assim. Não reclamo, nem nessas horas de aperreio. Esses foram os filhos que Deus me deu de presente. E é com eles que me inspiro pra tudo, inclusive pra respirar baixinho quando um deles (ou os dois) está dormindo do meu lado ou ainda no colo. É com eles que tenho tido as maiores alegrias, as agragalhadas mais improváveis, os choros mais rápidos e sentidos que existem. Acho que eles é que me dizem, mentalmente: "engole o choro".

Sinto muito, filhos, mas muitas vezes não dá. Como ontem. Chorei, chorei, chorei e ouvi uma das coisas mais lindas de que lembro: "nós três é uma gangue, nós cuida de tu e vai te proteger". Em sendo assim, preciso de mais nada. Só cantar parabéns pro meu príncipe amanhã. Nossa família, o Thomas e sues Amigos.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Levando...

Não haveria dia melhor para voltar aqui. Nesse momento o Isaac está sentadinho no sofá vendo Toy Story e o João, quietinho no bebê conforto. Arroz feito, purê também, carne no fogo. Isaac tomou o leitinho no horário de sempre, tomou todo o suco do lanche (laranja com banana), João já mamou, dormiu, acordou de novo, mamou. Ah! Também tomei banho e dei um banho no Isaac. Além disso, os quartos estão arrumados, o lixo recolhido, todas as roupas engomadas e quase nada para lavar.

Isso tudo sem babá, sem empregada e com muita paz. Desde sábado a babá foi embora e deixou de herança uma gripe em mim e nos meninos. A menina que vinha cozinhar também resolveu não aparecer mais. A faxineira, que vem toda sexta, na última também não deu as caras. Desespero? Jamais. Chamei uma substituta que fez mais do que a que está há seis anos comigo e ainda encheu minha casa de bênção.

Com isso tudo, o que posso dizer é que é possível cuidar de crianças sozinha. Claro, um apoio é bem-vindo, mas a gente tem que saber se virar em qualquer situação. É bom ter esse esquema pra não se cansar, poder fazer unha, cabelo, ficar de perna pra cima de vez em quando. Mas eu tinha babá, a cozinheira, a faxineira e nunca podia dedicar um tempinho pra mim. Alguma coisa estava errada, portanto.

Pois elas me deram um empurrão pra começar tudo do zero, tomar as rédeas da situação e dar um jeito em tudo que já vi de errado de sábado pra cá - e não foi pouca coisa.

Quando a gente se vê em uma situação dessa, não pode entrar em pânico. Tem que saber agir e ser prática. Coloquei uma parte das roupas dos meninos na máquina, otimizei o almoço (compra quentinha e pronto, só hoje é que resolvi fazer), acostuma os meninos a dormirem mais rápido e, em alguns momentos, sozinhos mesmo. O João,por exemplo, que não queria ficar um minuto acordado no berço, agora já fica e até adormece sem eu estar por perto. Bichinho parece que entende a situação da mamãe. Para o Isaac não fazer nenhuma estripulia enquanto tomo banho, ele toma banho comigo ou fecho a porta do quarto para, se for o caso, escutar se ele abrir enquanto não terminei.

E a gente vai levando...

Estou pensando em ficar um tempinho assim. Não muito tempo, porque daqui a três meses volto a trabalhar e, querendo ou não, preciso de alguém em casa. Mas, enquanto isso não acontece, vou vivendo o óbvio: os filhos são meus e deles cuido eu.

Claro que às vezes o negócio aperta, em especial quando os dois estão acordados e o Edson, no trabalho. Aí repito: não vou me desesperar. E então me lembro da Kate + 8 e fico feliz. Estou até pensando em ter outro! (A louca!)

Outro dia conto o por que das mudanças. Aliás, nem ia escrever sobre isso. Ia fazer uma reflexão sobre babás e outros dilemas. Mas fica pra outro dia, se valer a pena ou se for pra escrever sobre a minha babá - essa, sim, merece textos e mais textos.

Enfim. Estou acabando o texto, os meninos continuam do mesmo jeitinho, mas a carne ainda não está pronta. E também tem um monte de brinquedo espalhado pela sala, nem dá pra andar direito. Mas quer saber? Essa bagunça faço questão que continue assim.