Ontem o João fez três meses. Amanhã o Isaac faz dois anos. Tudo de que a gente não precisava entre um dia e outro era uma ida ao hospital. Pois sim. O Edson acabou de levar o Isaac pra emergência. Aquelas gripes com febres altas. O médico não atende ao telefone. Milhões de coisas pra fazer aqui em casa. Ê vidão...
Mas pelo menos não é nada demais. Ou, pelo menos, espero. Isso é só pra mostrar que, nesses últimos dois anos, o amor que conhecemos com os meninos é proporcional ao tamanho da montanha-russa em que vivemos. Engana-se quem pensa que, com filhos, a rotina vem com tudo. Que nada! Cada dia é uma surpresa. Às vezes boa, outras nem tanto. O importante é que, no final das contas (ou no meio, porque o final está bem longe), a gente está junto.
No começo ainda tentava me lembrar da vida que eu tinha, que eu controlava, que eu planejava e determinava. Achava, né? Pois se naquela época a gente já não mandava, agora é que não manda mesmo.
Do que passa na tv à roupa que vestimos, passando pela comida, tudo é pensado com base nos meninos. A blusa tem que ser a mais fácil pra amamentar, o programa na televisão tem mais música e colorido do que qualquer circo e a geladeira tem mais fruta e verdura do que em casa de vegetariano.
É assim. Não reclamo, nem nessas horas de aperreio. Esses foram os filhos que Deus me deu de presente. E é com eles que me inspiro pra tudo, inclusive pra respirar baixinho quando um deles (ou os dois) está dormindo do meu lado ou ainda no colo. É com eles que tenho tido as maiores alegrias, as agragalhadas mais improváveis, os choros mais rápidos e sentidos que existem. Acho que eles é que me dizem, mentalmente: "engole o choro".
Sinto muito, filhos, mas muitas vezes não dá. Como ontem. Chorei, chorei, chorei e ouvi uma das coisas mais lindas de que lembro: "nós três é uma gangue, nós cuida de tu e vai te proteger". Em sendo assim, preciso de mais nada. Só cantar parabéns pro meu príncipe amanhã. Nossa família, o Thomas e sues Amigos.
Uma breve divagação
Há um ano
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