terça-feira, 7 de setembro de 2010

Passarinho

Eu sabia que meu gosto por passarinho não era à toa. O vovô criava canário, cuidava dos bichinhos com o maior zelo. Eu achava lindo o jeito dele - mas não os animaizinhos presos, essa é outra história. Ele colocava o banco de madeira no alpendre, subia e ficava lá colocando comida nas gaiolas, água. Não sei quantos eram, mas lembro que eram todos canários, bem amarelinhos.

Quando estava grávida, achava lindo tudo de passarinho. Dizia que, se fosse fazer tema no quarto, seria de passarinho. Acabou não sendo, mas meu gosto não mudou. Aqui no blog, está aí o passarinho no canto da página, alegrando o espaço.

Criança, aquele filme O Pássaro Azul era sonho. Repetido diversas vezes na sessão da tarde, era sempre novidade pra mim. Hoje nem lembro direito o enredo, mas sei que tinha uma menininha que vivia em busca da tal avezinha rara. Era como uma busca pela história dela, pelo amor escondido nas pessoas, pela simplicidade.

Hoje tenho um passarinho só meu. Na verdade, o Edson foi quem botou o apelido, porque toda vida que o Isaac está comendo assim que engole abre logo a boquinha pra próxima colherada. Quando não, é porque vê a gente comer a abre a boca pra partilhar também. E fica com a boquinha aberta até perceber que não tem comida pra ele (porque é de gente grande, depois ele entende) ou até que a gente satisfaça sua doce vontade de menino.

Bebê, a mamãe sempre vai te alimentar. Na barriga era com todos os nutrientes que o meu corpo mandava pra você crescer forte e saudável, depois e agora com o leitinho do peito, também com mil frutinhas, comidinhas saudáveis e sempre, sempre, sempre com o amor mais gostoso que existe. Sempre mesmo, viu?

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