Ontem levei o pequeno pra creche. Começou a adaptação. Pra continuar fugindo à regra, não sofri. Também a gente só ficou lá uma horinha. Hpje foi uma hora e meia, e com emoção: chorou (aquele choro sentido mesmo), ficou agarrado em mim, fez cocô, riu, brincou, explorou (apalavras da tia) o local todo de brincadeiras, gritou com o móbile do banheiro e quase acordou as outras crianças. Enfim, ficou bem mais solto.
Quanto a mim, acho que passei no teste. Ouvi quando ele começou a chorar. Ouvi o choro aumentar. Ouvi quando ele gritou, chorando. E me segurei. A hora em que levantei da cadeira pra olhar o que estava acontecendo coincidiu com o momento em que a tia Virgínia foi me chamar, ou seja, esperei o tempo certo.
Sabe coração de mãe? Pois é. A gente vai aonde ele nos leva, até onde ele diz vai ou chega, até quando existe amor. E, se esse não falha nem falta nunca, melhor é seguir nosso "alegre coração", que "é triste como um camelo, é frágil que nem brinquedo, é forte como um leão".
Um detalhe de que já desconfiava e que confirmei é que, na creche, provavelmente ele vai comer menos do que em casa. Os lanches são uma fruta só. Ora, de manhã ele come uma banana e meio mamão ou uma banana e dois sapotis. Acho que vou é mandar o lanche dele. O almoço eu não mando, mas aí o jantar ele vai comer em casa, o que eu escolher e no tanto que ele quiser.
Por melhor que seja a creche (e essa tem excelentes referências), elas não vão ter paciência como a gente tem, nem vão insistir com aquele nosso jeitinho, brincando, distraindo.
Ontem me peguei pensando: será que ele vai dar aquelas gargalhadas gostosas que dá quando está brincando com a gente, principalmente com o Edson? Hoje, depois do choro, ele riu pra todo mundo, brincou, mas sou consciente de que elas têm que dar atenção a todas as crianças. Não quero mais atenção para o meu filho. Mas quero que seu aprendizado e descobertas sejam em casa também, com a gente, cercado do nosso amor e do nosso cuidado. Isso não vai mudar.
Uma breve divagação
Há um ano
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