quinta-feira, 10 de março de 2011

Mundo, Isaac. Issac, mundo. Prazer

Em que mundo meu filho vive? A que mundo quero apresentá-lo?

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), as guerras civis fazem cerca de 28 milhões de crianças e adolescentes ficarem fora da escola. Dos 160 países que se comprometeram com a resolução do problema, ao assinar o programa Educação Para Todos, muitos estão longe de cumprir as metas até 2015. É preciso rever a importância da educação e repensar prioridades.

No Brasil, um dos problemas é o convívio direto ou indireto com o tráfico de drogas. Fora isso, os investimentos na área são escassos. Aqui é investido US$ 1.598(R$ 2.659) por ano em cada estudante, nos quatro primeiros anos do ensino fundamental. O valor é menos de um terço dos US$ 5.557 (R$ 9.246) investidos por países desenvolvidos.

Como se não bastasse, hoje vi vários tweets sobre os problemas de droga, insegurança e falta de infraestrutura na Universidade Estadual de São Paulo (USP), que é o sonho para boa parte dos vestibulandos.

Para onde vamos?

Só sei que hoje meu bebê voltou à creche, depois de cinco dias de folga. Carnavalzão... Como de costume, chorou um pouquinho, mas logo se distraiu com a meninada e a Tia Virgínia.

Lá ele está dando os primeiros passos no aprendizado escolar. Sexta-feira recebi seu primeiro trabalho, uma bandeja de isopor com a imagem de suas duas mãozinhas formando as asas de uma borboleta. Ao redor do contorno de guache, cola colorida amarela.

Mamãe ficou orgulhosa. Imaginei a farra que deve ter sido com as tintas, as colas, a dificuldade que foi organizar a bagunça, limpar cada menino.

Sempre quando vou deixá-lo e buscá-lo na escola, digo que já, já a gente se encontra de novo, pergunto como foi, o que fez, o que descobriu. Do nosso jeito, a gente se comunica. E se entende. Aí olho a agenda, vejo se ele comeu direitinho, se fez o número dois, quanto tempo dormiu, se teve aula de musicalização, teatro, psicomotricidade, leitura.

Não sei como vai ser amanhã. Mas penso em preparar meu filho pro mundo, independente de como ele seja, de como receba meu filho, de como meu bebê o enxergue e o perceba. Ele sabe que sempre vou estar ao seu lado. Eu, papai e mais um monte de gente que o ama. É isso que importa. Não sei que profissão ele vai seguir, mas tenho certeza de que estaremos juntos. Isso é ser família. É esse aprendizado que quero passar para ele.

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