segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A reprodução assistida e o SUS

Essa relação é complicada. Na verdade, quase inexiste. Por isso muitas mulheres preferem sair da fila de espera por tratamentos e partir para empréstimos, Justiça. Triste, mas é assim. E não tiro a razão delas. Afinal, é uma luta contra o tempo. Quanto mais a fila se prolonga, mais distante fica o sonho de ser mãe.

Muitos médicos dizem que idade não é impeditivo. Como não? E nossos ovulinhos em número contado e idade certa para se transformarem em embriões? Isso é básico.

Mas além da escassa disponibilidade de tratamentos de reprodução assistida no serviço público faltam aspectos muito importantes: sensibilidade, garantia de direitos, respeito. Tenho certeza de que muita gente pensa que, por ser pobre, a mulher não tem direito de sonhar. Outros dizem que já tem menino demais no mundo, que as famílias que não fazem planejamento são responsáveis por vários males sociais. Mas o pior de tudo é dizer que, se não tem dinheiro, o jeito é se conformar.

Sim, é muito fácil dizer isso quando você tem um chorinho em casa pra quebrar o silêncio. Triste, mais triste de tudo, é o choro silencioso, aquele que não se manifesta por vergonha, por conta de uma tristeza que cala, que não tem tamanho.

O motivo do post? Um deles é esse: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=929828

Nenhum comentário:

Postar um comentário