segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Presente da tia

Esse post é um presente da minha amiga Eri, que é muito mais do que as encantadoras palavras que estão no www.diariodaeri.blogspot.com

Não tem presente pra vida toda? Pois esse é. Por isso trouxe pra cá, sem nem pedir permissão. Ora, é pro meu filho, então é pra mim também, então fica onde eu quero.

Pronto.

Sábado, 12 de fevereiro de 2011

Isaac Bruno: o primeiro ano do resto das nossas vidas

Minha família sanguínea é muito grande para os dias atuais de filhos únicos. São seis irmãos. Maior ainda tem ficado a cada pessoa que encontro, e que de tão parecida comigo e que de tão chatinha e ainda assim extremamente amada, acaba sendo anexada como parente, uma irmã mais nova talvez.

Tenho uma assim que parece ter vindo ao mundo infernizar o meu juízo, mas que existe tanto amor dentro dela que venho pagando o preço, ora sorrindo, ora gritando, só para continuar a tendo ao meu lado. Foi devido a essa caboclinha que acabei criando esse blog, após postar no blog dela.

Tem sido por ela que venho torcendo desde que a conheci. Rezando por sua felicidade, pedindo bençãos para sua família, torcendo para que tenha muito mais de mil alegrias em seu destino. Foi por ela também que há um ano rezei chorando para que seu parto fluísse, para que seu filho nascesse bem, para que seu marido fosse imensamente feliz junto a família que com ela estava criando.


O Isaac nasceu. Está fazendo seu primeiro aninho hoje.

Tem os olhos puchadinhos da mãe. O jeito sério do pai, mas é calminho como os dois. Eu já o segurei no colo, já sofri pelos três quando ele ficou doente, já vi mais de mil e quinhentas fotos que a mãe coruja mostra. Gosto dele só por ser filho de quem é.

Queria que o mundo não separasse a gente. Que a Marta continuasse como irmã, o Isaac crescesse me chamando de tia. E me sentindo assim.

Mas o importante não é oque o futuro vai nos trazer. O mais importante de tudo é que ao ver ou segurar o Isaac, sinto o milagrinho da Martinha - como ela gosta de chamar o bebê - bem pertinho de mim. Não vejo só o milagre dela, mas me sinto importante demais segurando um milagre do mundo.

A existência de uma pessoa como o Isaac desejada, gerada e criada devido aos sentimentos mais puros deste mundo, é uma prova concreta que o amor existe. E isso é um milagre de Deus.

Ora, esse século 21 é tudo tão passageiro, tudo tão fugaz, fluido, sem consistência, tudo muito nada, sem noção nenhuma, que, ao nos depararmos com provas de amor concreta como o Isaac, a gente louva. A gente vê o menino e pensa como ainda é possível ter sentimentos bonitos no universo. O amor que une um homem a uma mulher e a vida do bendito fruto deles.

Não tive um filho biológico de meu, não vou mais tê-lo também. Mas se tivesse vindo, teria que ter sido também assim. Por sentimentos maiores que o puro desejo de ser mãe. É, nunca neguei que sou romântica. E pela minha amiga eu me exponho assim, ridicularmente. Não tem problemas.

O Isaac não é um milagrinho só da Marta, por mais que ela seja ciumenta. Ele é um milagre da gente desde século 21 bendito. Ele veio para provar que tudo é possível, que as crianças ainda conseguem desmanchar as nossas caras feias e nos fazer rezar para que o futuro seja o melhor possível para eles.

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