domingo, 1 de maio de 2011

Dia das mães chegando - não pra todas

Há pouco estava escrevendo no "nosso tópico" do e-familynet e me dei conta das diversidades que cercam o Dia das Mães.

A segunda data do comércio, beijos e corações em tudo que é vitrine, fotos de vovós, crianças, casais sempre com uma mãe no centro das atenções.

Mas quem ainda espera viver a maternidade além dessa idealização?

Uns anos atrás, tive uma perda dias antes da data. Foi um tempo difícil, um dia que queria esquecer, um domingo que, se pudesse, não veria ninguém. Graças a Deus, passou.

Pra mim passou, mas conheço muitas meninas que têm a maternidade como sinônimo de busca. Exames, procedimentos e mais procedimentos, esperanças, descobertas, dúvidas com um diagnóstico que não se define, desespero quando se vê que o sonho parece cada vez mais distante a cada beta negativo.

A gente sempre diz: só quem passa por isso sabe. Não que sejamos mais ou menos mães do que aquelas que não tiveram um sopro de dificuldade para ter seu bebê. Não que as que ainda serão mães o serão mais ou menos do que qualquer uma que não sabe o que é vacina de imunoblobulina humana, de linfócitos paternos, ICSI, trombofilia, ultrassonografia seriada...

Cada mãe o é conforme o milagre que Deus lhe dá.

E, se o milagre não veio ainda, a resposta não é dos médicos, não vem do pranto abafado no meio da noite, não está nas fotos mais bonitas de amor de mãe.

Às vezes é preciso aceitar os mistérios de Deus. Aceitar, botar o joelho no chão, orar, clamar e agradecer, na certeza da vitória.

A propósito... No Dia das Mães estarei trabalhando. Mas o que isso importa?

Não existe tempo pra ser mãe. E, se existisse, a gente não definiria. Também não tem férias, feriado, final de semana e, muito menos, dia. O que existe é escolha. E eu escolhi viver esse milagre de forma integral.

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