domingo, 20 de novembro de 2011

Do que é novo

Os dias têm sido todos novos por aqui. O bebê João nasceu dia 10. Portanto, 10 dias hoje. E eleé um fofinho. Deu um drible em quem, como eu pensava que ele sairia a cara do Isaac. Que nada... É mais brnaquinho, tem até uns fios louros, olhos mais claros e mais cheinho e maior. De igual, o olhinho puxado do irmão - nos primeiros dias a gente só via o risquinho.

Pra quebrar a regra, também tivemos outras novidades. Com dois dias de vida, ele passou o dia quase todo dormindo. E, quando eu o acordava pra mamar, ele logo adormecia no peito. Foram quase 10 horas assim. Ligamos pro médico e ele mandou fazer um teste de glicemia na maternidade. Susto. Graças a Deus deu normal, mas o médico lá achou que ele estava com um pouco de icterícia. Na verdade, o exame acusou, mas bem pouquinho.

Choro, choro, choro. Esse é o tipo de surpresa que a gente não quer ter mesmo. Fiquei logo com medo de ele ser internado, de não conseguir amamentar, de entrar em depressão, de não suportar. Ok, ok, os hormônios estavam a mil, sem saber direito que lado tomar. Mas aí ficamos dando o banho de sol em casa, fizemos mais dois exames, levamos ao médico na primeira consulta e só tivemos boas notícias desde então.

Alívio.

Em paralelo, relembrei o quanto é dolorosa essa fase inicial. Como no Isaac, meu peito doeu, feriu, sangrou, mas não desisti. Tenho certeza de que é aí que muita mulher desiste de dar o peito ou então diminui as mamadas e diz que não tem leite suficiente. De fato, não é fácil. Muita dor, muita mesmo. Mas me recusava a chorar, porque aquela era também uma escolha minha.

Agora melhorou, embora ainda doa um pouco. Mas nem se compara ao início, quando tudo que eu fazia quando ele agarrava o peito era bater o pé no chão, balançar as pernas e apertar o que estivesse do meu lado.

Mas o bichinho é tão bonzinho... Dorme, que é uma beleza... Só ontem é que ele resolveu ficar acordado de meia-noite às três da manhã, mamando, arregalando o olho, chorando, cochilando, mas dando um baile na gente...

Só sei que esse recomeço, apesar do prefixo, não deixa de ser novo, em especial por conta do rapazinho aqui em casa. Esse, sim, tem nos trazido grandes e boas novidades. Mas esse é assunto pra outro post. Falar dos carinhos, dos cheirinhos, beijos e também das mãozadas, do rolar no chão querendo atenção, da repentina vontade de só querer o braço do pai.

Sim, como disse, os dias são novos... Mas nunca foram tão bons...

sábado, 5 de novembro de 2011

Despedida

Estou devendo fotos, palavras, fatos, versões, memórias que nem sei mais se as tenho. Pois vai ficar tudo no saldo devedor. Não vou atrás de me redimir, porque não tenho tempo nem, no momento, disposição.

O que quero agora é só deixar algum registro desses últimos cinco dias de despedida do bucho.

Sempre ouvi dizer que uma gravidez nunca é igual à outra. Óbvio. Mas não pensei que fosse tão gritante a diferença.

Na do Isaac me lembro bem das tardes cheias de sono compensado ou mesmo inventado, dos cuidados com a alimentação, com os quilos a mais, com os passos em falso e os pesados. A expectativa e o cuidados iniciais eram tão grandes, que nem foi possível dividi-los com o mundo. Só com três meses as famílias e a maioria dos amigos souberam.

Dessa vez também seguramos a informação o mesmo tempo, mas tudo tão diferente. Quantas e quantas vezes disse que não lembrava que estava grávida. Não era exagero. Não lembrava mesmo. Aquele soninho gostoso dos meses iniciais era logo cortado por uns gritinhos que ecoavam pela casa inteira. Se na primeira fui para o hospital sem qualquer inchaço, nesse me peguei com o pé direito inchado uns três, quatro dias. Como ficar parada, meu Deus?

Levei duas quedas feias: uma tentando evitar que o Isaac caísse do alto de um escorregador e outra muito bem sentada em uma vagabunda cadeira de plástico. Nas duas vezes, sequer liguei para o médico. Pensei: não sinto nada demais, não estou perdendo líquido, não estou sangrando, então está tudo bem.

Com tanto relaxamento, relaxei mesmo foi com a comida. Na pressa comum de quem tem um filho ainda bebezão, comia e continuo comendo o que vejo pela frente, sem escolher muito, sem elaborar, sem nem sentir o sabor, pra falar a verdade. A não ser nas fugidas idas ao Pasto & Pizza - isso, sim, igual nas duas gestações.

O fato é que agora a hora está chegando. Vai ser dia 10. Está em cima! Se com o Isaac comprei a primeira roupinha com sete meses, com o João foi com quase nove. Ontem mesmo saí para escolher umas coisinhas, hoje ganhei uma linda da minha irmã. Acho que essa que ela deu vai ser a tão famosa saída da maternidade - isto é, se não acontecer o mesmo que com o Isaac e eu não ficar com pena de colocar a roupa tão limpinha e linda no hospital pra, quando chegar em casa, tirar correndo porque veio cheia do "ar hospitalar".

De igual, o que sei é que as duas gestações, mesmo com a lentidão da primeira e a correria da segunda, foram abençoadas. Nenhuma intercorrência, nenhum susto grande e uma espera infita rodeada de amor.

Só penso que meu João vai nascer a cara do Isaac, pequenininho, cabelo preto que nem o do pai, olhinho apertado e cheio de saúde. Amor é o que não vai faltar. Esse vai ser igualzinho.