quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Levando...

Não haveria dia melhor para voltar aqui. Nesse momento o Isaac está sentadinho no sofá vendo Toy Story e o João, quietinho no bebê conforto. Arroz feito, purê também, carne no fogo. Isaac tomou o leitinho no horário de sempre, tomou todo o suco do lanche (laranja com banana), João já mamou, dormiu, acordou de novo, mamou. Ah! Também tomei banho e dei um banho no Isaac. Além disso, os quartos estão arrumados, o lixo recolhido, todas as roupas engomadas e quase nada para lavar.

Isso tudo sem babá, sem empregada e com muita paz. Desde sábado a babá foi embora e deixou de herança uma gripe em mim e nos meninos. A menina que vinha cozinhar também resolveu não aparecer mais. A faxineira, que vem toda sexta, na última também não deu as caras. Desespero? Jamais. Chamei uma substituta que fez mais do que a que está há seis anos comigo e ainda encheu minha casa de bênção.

Com isso tudo, o que posso dizer é que é possível cuidar de crianças sozinha. Claro, um apoio é bem-vindo, mas a gente tem que saber se virar em qualquer situação. É bom ter esse esquema pra não se cansar, poder fazer unha, cabelo, ficar de perna pra cima de vez em quando. Mas eu tinha babá, a cozinheira, a faxineira e nunca podia dedicar um tempinho pra mim. Alguma coisa estava errada, portanto.

Pois elas me deram um empurrão pra começar tudo do zero, tomar as rédeas da situação e dar um jeito em tudo que já vi de errado de sábado pra cá - e não foi pouca coisa.

Quando a gente se vê em uma situação dessa, não pode entrar em pânico. Tem que saber agir e ser prática. Coloquei uma parte das roupas dos meninos na máquina, otimizei o almoço (compra quentinha e pronto, só hoje é que resolvi fazer), acostuma os meninos a dormirem mais rápido e, em alguns momentos, sozinhos mesmo. O João,por exemplo, que não queria ficar um minuto acordado no berço, agora já fica e até adormece sem eu estar por perto. Bichinho parece que entende a situação da mamãe. Para o Isaac não fazer nenhuma estripulia enquanto tomo banho, ele toma banho comigo ou fecho a porta do quarto para, se for o caso, escutar se ele abrir enquanto não terminei.

E a gente vai levando...

Estou pensando em ficar um tempinho assim. Não muito tempo, porque daqui a três meses volto a trabalhar e, querendo ou não, preciso de alguém em casa. Mas, enquanto isso não acontece, vou vivendo o óbvio: os filhos são meus e deles cuido eu.

Claro que às vezes o negócio aperta, em especial quando os dois estão acordados e o Edson, no trabalho. Aí repito: não vou me desesperar. E então me lembro da Kate + 8 e fico feliz. Estou até pensando em ter outro! (A louca!)

Outro dia conto o por que das mudanças. Aliás, nem ia escrever sobre isso. Ia fazer uma reflexão sobre babás e outros dilemas. Mas fica pra outro dia, se valer a pena ou se for pra escrever sobre a minha babá - essa, sim, merece textos e mais textos.

Enfim. Estou acabando o texto, os meninos continuam do mesmo jeitinho, mas a carne ainda não está pronta. E também tem um monte de brinquedo espalhado pela sala, nem dá pra andar direito. Mas quer saber? Essa bagunça faço questão que continue assim.