quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Do que mudou nesse ano

(Desconsiderar a ordem)

1. Não montei a árvore de Natal. ERa o ano em que mais planejava fazer isso. Mas foi. Descobri que o Natal não se revela naquelas luzinhas nas fachadas. É aqui dentro que brilha.

2. Estou sem babá. Foram três no total, em seis meses, considerando que a primeira veio quando o bebê completou quatro meses. Até então, eu e Edson fizemos só tudo. Saldo desse pequeno detalhe: foi a melhor escolha nos meses iniciais. Saldo das moças: sim, todo mundo diz, mas a gente só sabe quando sente na pele. São todas iguais.

3. A gente só deve contar é com a gente. Só. Se vier ajuda, ótimo. Se não, tudo bem. Não estava esperando mesmo. Não deixo isso me magoar.

4. Comecei o ano buchuda, com os peitos cheios de leite. Termino com o bebê fora da barriga, mas ainda mamando e com o bucho... deixa pra lá.

5. O Lost acabou. Quando o bebê estava na barriga, eu dizia que a gente ia ver junto o último episódio. Foi quase. Ele estava dormindo. Mas várias vezes assisti com o bebê no colo, mamando.

6. Conheci novas pessoas, conheci o tal de Twitter, mas os amigos do coração são os mesmos. Acho que isso não muda.

7. Meu casamento ganhou novos ares com a maternidade. Estranho seria se fosse diferente. Mas hoje vejo que as surpresas e as novidades de todo dia com a chegada do bebê só fortaleceram nossa união. Graças a Deus.

8. Francisca continua com a gente, na limpeza da casa. Essa eu não largo. Já é do coração essa bicha.

9. No trabalho, por incrível que pareça, sinto que não entrei no ritmo. Tive dois grandes desafios nesse ano. Por Deus, passei bem pelos dois. Mas preciso me dedicar mais, ir pra rua, correr atrás da notícia.

10. Engordei. Depois que as mamadas diminuíram, alguns quilos voltaram. Não é mais tão fácil emagrecer. Preciso cuidar da cabeça, se não a boca vai me consumir.

Pronto. Basta. Se lembrar mais alguma coisa e for importante, retomo o assunto.

Ah! Lembrei: vovó e vovô estão morando em Fortaleza. Apesar dos anos cada vez mais avançados e pesados, estão com a gente. E que Deus cuide bem de cada um.

Saldo de 2010:

Isaac apareceu pra gente, pra mudar essa vida louca completamente, pra dar paz exageradamente, pra mostrar um amor que é só infinitude. Excessivamente.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

E a peregrinação continua

Semana atribulada essa. De repente tudo vira de cabeça pra baixo. Estava tudo tão calmo com a babá, a rotina do bebê. Agora não sei como vai ser amanhã. Depois de pagar consultas, fisioterapia (fora outros muitos detalhes), a linda e maravilhosa babá (sim, a que saiu no www.diariodonordeste.com.br em matéria sobre, claro, babás) me deu o golpe.

Ela foi ao médico de novo e chegou na maior cara dura dizendo que o médico tinha dado 15 dias de licença.

Que bom. "A notícia do ano".

Pra completar, ela não avisou que a fralda e o leite do pequeno estavam praticamente acabando (só davam pra ontem mesmo).

Pra não prolongar muito a história, vamos aos fatos. Fui a outras creches ontem e já bati o martelo: em janeiro o bebê vai pra uma. Até já escolhi qual, mas antes preciso falar das minhas impressões.

Em uma, o local onde os nenens engatinham estava pegando fogo. Senti porque entrei no espaço descalça. Fiquei foi com vergonha alheia. A outra, apesar de excelente, tinha um segurança armado dentro da unidade, junto com as crianças. Pode? Não, não pode, mas tinha.

Ele disse que é porque o porteiro tinha saído, e ele estava recebendo as pessoas. Que recepção, hein?

Quando cheguei em casa depois das vistorias, o Isaac se agarrou no meu braço e chorava por tudo, tadinho. Parecia que dizia: "mamãe, não sai de perto de mim". Não sei por que, mas senti que aquilo foi um aviso. Por conta disso, resolvi não deixar meu filho um minuto sequer com aquela mulher.

Hoje à noite vamos conversar com ela. Quero ver o que ela vai dizer. Ah, como quero.

No meio disso tudo, pode o mundo cair, mas meu filho tem que estar e permanecer bem. Não há opção nem negociação sobre isso. O resto... Dane-se!

É esse meu sentimento agora. Meu e do papai. Nós é que protegemos nosso filho, que lhe damos amor, passamos segurança, alimentamos, seguramos suas mãozinhas. E Deus faz isso com a gente e com o bebê, claro. Amém.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Dores e amores

Desde que o Isaac nasceu apareceu em mim uma tendinite braba. Dessas de fazer você se contorcer de dor quando pega pesa. É nos dois punhos. E quando eu pego peso? Só todo dia, somente quando estou em casa, só quando pegar o meu filhote no colo, só e somente quando dou o banho da noite, quando o coloco ou tiro do berço. Resumindo: tem como tratar desse jeito?
Quando ele estava com uns três meses fui ao médico, fiz fisioterapia, mas nada mudou. Ao contrário. As dores só aumentaram. Tanto que agora tem duas saliências nos dois punhos, como se fosse a cartilagem ou o tendão (na verdade, parece o osso, mas sei que não é) crescido. Bom sinal não é.
Sei foi que as dores de um tempo pra cá diminuíram. Mas noto que, quando a Cláudia está de folga, o negócio vem e é com tudo.
Detalhe: e ela está com dores nas costas. Dores brabas também. Já paguei médico e hoje ela foi pra fisioterapia. E eu?
Bem, eu... Estou aqui. Digitando. E daqui a pouco pego o bebê, que está dormindo.
Não sei se é bom ou ruim olhar pra ele, esquecer qualquer incômodo e só ter vontade de colocar no colo, seja de que jeito for, com ou sem dor.
Depois é que eu sinto.
Mas é assim mesmo. Ossos (ou tendões) do ofício.
E vamos nós!