sábado, 24 de abril de 2010

Despertar

Isso sim vale um texto especial, embora curto: o bebê deu pra acordar sorrindo. Primeiro ri com os olhos, que começam a se apertar à medida que a boquinha vai abrindo pra mostrar a banguela mais linda que existe. Aí remexe o corpinho, às vezes vira a cabeça, levanta os braços e ri mais ainda quando retribuímos. Tem como não ficar feliz, mesmo que o despertar dele coincida com as mais desejadas horas de sono da mãe? Definitivamente, não. Se ele acorda feliz, como eu, aqui, posso reclamar, meu Deus? Só tenho é que agradecer por ter essa chance de ser mais feliz todos os dias, olhando e participando desse sorrisinho lindo. Fico só imaginando quando ele der também aquelas gargalhadas bem gostosas...

Cearense mesmo

Sobre dormir na rede, façanha inaugurada nesta semana e prolongada neste exato momento, na sonequinha da tarde.
Com esse vento que faz as janelas assoviarem, é uma delícia dormir de rede. Para quem é cearense, não abre mão do costume e ainda por cima cresceu em meio a teares, cheiro de cloro e de tinta para colorir tecidos de rede, manter esse apego é redundante.
Mas como a ideia não é só manter, mas passar para a frente o costume, vale o registro. A rede foi presente da Inês, é branca e tem varanda de croché com desenhos de coelhinhos. Pela primeira vez foi armada no quarto do príncipe. Antes tínhamos tentado na sala, mas era vento demais e esqueci que, quando sou eu que fico na nossa inevitável rede da sala, fico me tremendo de frio.
Agora, de camisetinha, meia, luvas e uma fraldinha pra cobrir as perninhas, o bebê está adorando a dormida. Já se mexeu, ameaçou acordar antes da hora, mas está lá, sendo embalado pelo ventinho que vem lá da Praia do Futuro só pra balançar o cabelinho arrepiado do príncipe.
O pai gosta de deitar na rede, dobrar as pernas e colocar o nenem sentado e apoiado sobre elas. Ele gosta, porque fica olhando os pezinhos, mexendo os braços e querendo falar com o pai. Muito fofo.
A mãe gostava de, depois de amamentar, colocar o bebê no ombro e deixá-lo dormir, ele por cima de mim, na rede. Mas depois do último domingo não tenho mais coragem. Fiz isso, dormi e o bebê caiu no chão. Não vou me prolongar sobre o tema, porque não me faz bem lembrar. O importante é que não aconteceu nada, o príncipe está bem, não ficou sonolento, não vomitou, chorou até menos do que no dia anterior, quando a perninha estava dolorida devido à vacina tríplice (tomou também da pólio e da rotavírus). Na hora, meu mundo caiu também, quis me desesperar, mas sabia que o mais importante era proteger o nenem. Ficamos aflitos demais, mas, como já disse, está tudo bem. Ligamos pro médico, que nos orientou e, de certa forma, também nos acalmou.
Nunca mais isso vai acontecer. Nunca.
Pois bem.
Agora é redobrar o cuidado e (não consigo evitar) de cinco em cinco minutos ir olhar o lindo deitadinho, dormindo um soninho bom que só, daqueles que eu e o pai sempre tirávamos no sábado à tarde. Por falar em pai, ele também está lá, tirando o cochilo dele, mas na cama. Sim, olho os dois nos quartos, porque agora tenho dois meninos pra cuidar. Ainda bem...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Anos

Nove anos dia 15 e cinco anos amanhã. Será que a gente vai conseguir comemorar? Mesmo que não, nosso maior presente está aqui, do nosso ladinho 24 horas por dia, os dias mais felizes (e cansativos, não posso negar) de todos os tempos e tempos e tempos...

Dois meses e uns dias

Esses dois meses chegaram cheios de surpresas - como se pudesse ser diferente. O bebê está muito mais esperto, levanta e vira a cabeça pra olhar tudo, acompanha os movimentos de forma atenta, descobriu o móbile do berço, o solzinho colorido que toca música de ninar e acorda todo simpático. Uma graça.

Aliás, acordar sorrindo é a melhor coisa pra mim. Depois de uma noite com mamadas no escuro e caminhar na ponta dos pés pra não ter choro, aquela boquinha aberta e os olhinhos se apertando são um bálsamo bem revigorante. Meu energético cheio de vida.

Ontem, na casa da mamãe, todo mundo só queria ver o bebê. Tias, priminha, titio, avós, só o bisavô Zezito que estava daquele jeitinho dele, quietinho como um bebê. Ficamos no quarto do titio por causa do calor, mas de instante em instante ia alguém lá pra ver a gente (a gente que eu digo é o nenem, porque ele é que é o centro das atenções - ao lado da priminha, claro). Teve até quem o achasse parecido com o vovô. Sim, foi o Walney. Mas a opinião quase unânime era que ele está mudando e ficando parecido com a mãe. Só o nariz é que é do pai e ninguém tasca!

E ele estava tão lindo... De short azul marinho,camiseta listrada combinando e sapatinho do mesmo jeito, de listras azuis e brancas e com meia branca. Coisa mais linda da mamãe!

É muito bom ver a família crescendo, todos juntos. Mudanças aqui e ali são inevitáveis, mas fazer o quê? Ainda bem que muda, né?

Ah! Soubemos também, pelo primo Jorge (de Manaus, que está aqui de férias e também participou da farra ontem) que o filho da Shirley nasceu. É o Lucas, um garotinho mais que especial que, graças a Deus, veio para uma família que vai saber amá-lo incondicionalmente, como deve ser com qualquer filho. E que Deus cuide dele, dos seus pais e de todos que os amam de uma maneira muito especial também.

Ela, que também é de Manaus, soube que estava grávida ano passado, aqui em Fortaleza, mas não sabia. Eu também estava, sabia, mas ainda era segredo. Depois ela me disse que soube um dia antes de ir embora. Mas, como não conseguimos nos falar nesse bendito dia, ela foi embora sem contar. Mas fomos até jantar aqui. Hoje parece engraçado: eu e o Edson estávamos comemorando a transluscência, se não me engano, mas preferimos ficar calados, e a Shirley estava grávida do Lucas e não sabia. Tanto que são só dois meses de diferença entre os primos. Tomara que eles se conheçam logo, mas creio que, pra isso, ela vai ter que vir aqui. Mais fácil do que a gente ir lá. Enquanto isso, por aqui vamos ficando...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Destruída e...

feliz! Basta um sorrisinho pra gente esquecer que o dia foi dificílimo, que mal tive tempo de comer, tomar banho, sentar de perna pra cima. Existe mágica nisso ou o quê? Não sabia que gemidinhos, risos nem tanto involuntários e mãozinhas mexendo de um lado para o outro causavam esse efeito, diga-se de passagem, devastador. Vivendo e aprendendo...

sábado, 10 de abril de 2010

Nós, as visitas

De manhã resolvemos sair. Com o nenm, claro. Dá o peito, toma banho, troca de roupa, vê a roupa do marido, arruma a bolsa do bebê, pega mais uma fralda (por garantia), não esquece nada, pelo amor de Deus.Pronto. Ótimo, o Isaac está molinho. É bom que fica bem quietinho no carro. Pra evitar corre-corre fora de casa, vamos trocar a fralda antes de sair. Surpresa!
Cocô.
Tira a roupa dele, arruma a água do banho, limpa o serviço no chuveirinho do chuveiro quente dele, que é mais rápido. Água morninha, aproveita e lava também as coisas. Está "na chuva", lava também a cabeça, sob protestos do pai, porque a água nãoé fervida nem mineral.
Deixa, pai. Ele está bem. Vai acontecer nada, não...
Escolhe roupa, veste, dá o peito de novo. E lá se vai uma hora de arrumação desde o momento "vamos sair".
Quem tem criança é assim mesmo. Tudo para ir à casa das vovós.
Na primeira, da minha mãe, ele chora perto de casa. Ao chegar, estão lavando a garagem. Mas, como não tem sombra na rua, bota o carro na garagem, mesmo que tenham acabado de limpar. Tudo bem, depois passa uma água rápida, sujou só um pouquinho.
Festinha da mãe, tia, bisavô andando com ajuda da tia, sem enxergar ou entender muita coisa, tadinho. É a vida que segue, que começa, vai indo, depois recomeça...
Mais peito. Aproveita a cadeira perto do quintal, que ali corre um ventinho. É mesmo. Bebê acha é bom. Mas vamos pra casa da outra avó.
Mais festinha, mas em silêncio, porque o nenem chegou dormindo. Com o calor, é claro que acordou. Mais peito, peito, peito...
Deita na rede, que ele dorme. Comigo, né? Primeiro no colo, depois deitado ao meu lado e, após muito tempo, sozinho. Mas desse último jeito não passou mais de uma hora.
Mais festinha quando as outras tias chegam. A cara do pai, sempre.
Vamos para casa, mas passa antes na padaria. Amiga do colégio vai rapidamente ao carro pra ver o "príncipe". Foi ela que disse!
Em casa, mais peito. Muito peito, até dormir. Aí já eram 19 horas. Já?
Silêncio, pelo amor de Deus, pra ele não acordar. Sai pra comprar sushi, empada doce, salgada. Volta, come, banho. Bebê dorme.
Cansaço? Imagina...
Foi só mais um dia. Que dia é hoje mesmo? Ah, sábado. Nem parece. Pra mim todo dia é dia útil. Do Isaac. Utilidade maior: ser mãe e não querer mais nada da vida.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Para, que eu quero descer!

O que está acontecendo? Essa semana os noticiários só abordam a tragédia no Rio. Na terça-feira, um temporal causou a morte de cerca de 170 pessoas. Essa noite mais um desmoronamento de terra em Niterói deixou uns 200 desaparecidos. As cenas são inacreditáveis. A terra cedeu 600 metros de cima para baixo, arrastando casas, pessoas, tudo que estivesse pela frente. Aí eu me pergunto: o que meu filho vai encontrar daqui a uns anos?
Minha mãe é que dizia, quando eu falava em engravidar, se valia a pena colocar filho num mundo desse. Pelo mundo não sei, mas há infinitos outros motivos que não só motivam novas e veteranas mães a aumentarem a população mundial. Se for fazer uma lista, não paro hoje. MAs pensando rápido: ter alguém para amar e ser amado incodicionalmente, fazer se cumprir a Palavra de Deus sobre ter filhos e fazer deles homens e mulheres de Deus.
Hoje mesmo, enquanto embalava meu amorzinho na rede, dizia para ele o quanto vou me esforçar para fazer dele um homenzinho (depois homenzarrão) de Deus, honesto, temente aos princípios da Palavra. Também falei (se entendeu não sei, mas ficou olhando pra mim com o olhão arregalado) que eu e o papai dele pedimos a Deus saúde para acompanhar cada passo dele, do nosso bebezinho, para vê-lo engatinhar, andar, falar as primeiras palavras, ir pra escola, crescer, arrumar uma namorada bem linda e carinhosa, casar, ter seus bebezinhos e, assim, fazer a vida seguir.
E o mundo maluco?
Provavelmente vai ficar mais incompreensível, mas e daí? O ritmo na minha casa não é esse, e isso quem faz é a gente. Aqui se planta e colhe amor. E é isso que quero ensinar para o meu amorzinho que, por sinal, agora dorme que nem um anjinho. E quem disse que ele não é um?

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Rotina? Que rotina?

O Isaac já vai fazer dois meses segunda-feira e ainda não tem uma rotina. Quer dizer, de manhã ele até tem: acorda umas seis, sete horas, mama, fica acordado até umas nove, 9h30min, dou banho, dá outra mamadinha e dorme de novo. Dificilmente passa a manhã acordado. Mas à tarde é uma bagunça. Quando acorda, lá pras 13 horas, mama e não volta a dormir. Fica mamando e cochilando até umas 16 horas, quando dou banho. O quer seria noraml depois? Dormir, claro. Errado.
Não pra ele. Como ele mamou bastante à tarde, eu tinha certeza de que logo dormiria depois do banho. Que nada. O pai chegou umas 17 horas e ele ainda nem tinha tomado banho. Eu estava preparando a água, só faltava colocar na banheira. Arrumei todinho, dei o peito e nada de ele dormir. Demorou, demorou, até que entreguei ao Edson. Sim, ele fez o bebê dormir. Um sono levinho, mas fez.
Depois fui ao quarto, vi que ele estava se mexendo, encostei a mão, coloquei a chupeta na boca dele e ele adormeceu. Agora estou até com medo de abrir a porta.
Detalhe: a bendita porta está com um rangido horroroso, e a gente só se lembra de colocar óleo quando o nenem está no quarto. Aí não botamos por causa do cheiro. Mas de amanhã não passa.
Vale ressaltar que, nessa noite, ele só acordou uma vez. Foi maravilhoso. Isso porque ele tinha mamado uma hora da madrugada, mais ou menos, e coincidiu de acordar lá pras três, quatro e depois só às sete. Ah, se todo dia fosse assim...
(...)
Nesse instante fui ao quarto. Na hora que olhei, ele levantou um braço, mas acho que foi por conta do barulho da porta. Espero muito sinceramente. Coloquei só uma fraldinha sobre as pernas dele e saí de fininho.
Que Deus abençoe esse soninho com muita tranquilidade...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Páscoa (?)

Essa foi minha primeira páscoa sem chocolate, em muitos anos - para não dizer todos os que lembro e não parecer exagerada. Na verdade, passei a semana me programando para, em uma saída rápida (redundância total), comprar um ovo de chocolate pros meus lindos. Mas não deu. Mesmo.

Lembro que antes adorava escolher o tipo, pesquisar aqui e ali, comprar e esperar o domingo pra entregar e abrir junto. Mas o nosso domingo passou longe dessa tranquilidade pascal.

O príncipe passou o fim de semana enjoadinho, o dia praticamente todo acordado e, de madrugada, sem dormir direito depois da segunda mamada. Achava que era só mudança "da idade" mesmo, que a fase de altas sonecas tinha chegado ao fim. Mas não. Matutanto, chegamos a uma conclusão.

Por coincidência, sábado e domingo a gente estava dando o remedinho pra cólica como o médico ensinou, de oito em oito horas. Pra prevenir. Depois de achar que era minha alimentação, o pouco chocolate que tinha comido na semana e o refrigerente de sábado, a luzinha acendeu: era o remédio. Ele poderia até ter diminuído a cólica, mas deixou o bichinho irritado, sensível demais e ligado. Desde então suspendemos o medicamento. Resultado: as dormidas de manhã e da tarde voltaram e não afastaram as da noite e da madrugada.

Agora mesmo ele está ´lá, dormindo quietinho. Já, já acorda, mas está lá. O que percebo é que nem sempre as dormidas durante o dia são logas, de três quatro horas. Mas pelo menos ele dorme e me dá tempo de fazer o que tenho que fazer e que só dá para fazer com ele dormindo.

É, como a gente costuma dizer: cada dia é uma novidade. Não tem rotina.

Mas quem não gosta de novidade?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Ligado

O príncipe está cada vez mais lindo. Não é porque sou mãe, não. É verdade. Fofinho, esperto e dormindo cada vez menos. Ontem ele dormiu quase nada de manhã e, à tarde, nada mesmo. Agora está aqui em cima da mesa, do meu lado, mas num soninho bem leve. De vez em quando tem que dar uma balançada no bebê-conforto, se não ele acorda. É assim mesmo.

Quanto maior, mais espertinho e menos sono. Aquelas dormidas longas durante o dia, adeus. Se pelo menos ele dormir de madrugada, ótimo.

Agora ele inventou uma nova: dormir no meu ombro e ficar, principalmente de madrugada. Ora, se eu deixar vai longe. Mas o médico disse que é porque, se ele estiver sentindo cólicas, no meu colo a barriga fica mais quentinha e apertada. Ele adora. Dorme que é uma beleza. Às vezes quando vou colocá-lo no berço ele começa a se contorcer, fazer careta e acaba acordando. Pense...

Nessa semana, essa novidade me deixou só os queixos, muita cansada mesmo. Mas ontem fiz diferente. Na mamada das três da madrugada, ele ficou no meu colo, levei para o berço, ele ficou naquele negócio, mas eu deixei. No final das contas, ele nem acordou, ficou só se mexendo de vez em quando. É cólica. Mas acho que a dele não é muito forte, porque ele nem chora, só reclama, se contorce, vira de um lado, do outro. Mas fica. Assim, no final das contas, consegui dormir melhor. Não a noite toda nem aquele sono pesado, claro, mas um soninho melhor.

Também estou fazendo outra coisa pra melhorar meu sono. Depois que ele mama, lá pras 21 horas, aproveito pra dormir. De dia não consigo, mas nesse horário dá, tranquilamente. É também depois dessa mamada que ele mais dorme. Também aproveito pra ficar no meu quarto, na minha caminha. Aí, sim, o sono é melhor.

Agora tenho que ir porque o dono da casa está acordando. Já começou a se espreguiçar, abrir os olhinhos. Daqui apouco sei como é. Ele fica tão lindo assim,acordando. Dá ainda mais vontade de apertar. Mas claro que não vou fazer isso,porque vou ver se ele dorme pelo menos mais cinco minutinhos.